História Política







Legado Político
Durante os seus 137 anos de existência, a Associação Académica de Coimbra presenciou as profundas transformações sociais, económicas e políticas que Portugal atravessou, testemunhando o surgimento e a queda de vários regimes. Simultaneamente, deixou a sua marca em diversas lutas estudantis que impactaram profundamente o rumo e a história da Universidade de Coimbra, da cidade de Coimbra, do Ensino Superior Português e de Portugal.
Um dos episódios mais marcantes, ocorreu na década de 1960, em pleno regime ditatorial do Estado Novo, no qual a Associação Académica de Coimbra liderou o movimento estudantil nacional, ativamente reivindicando a implementação de um regime democrático e promotor da liberdade.
A Academia marcaria profundamente a história e a sociedade portuguesa, com o desencadeamento da Crise Académica de 1962, aquando da realização do primeiro Encontro Nacional de Estudantes, e a Crise Académica de 1969, que fragilizou seriamente a capacidade de controlo e projeção política do Estado Novo, envolvendo a população de Coimbra na luta estudantil.
A Crise de 1969, acabaria por proporcionar as condições para um dos maiores momentos de concentração antifascista previamente ao 25 de Abril, na final da Taça de Portugal no Estádio do Jamor. Vários são os que afirmam que terá sido, em Coimbra, com a Associação Académica de Coimbra, que se terá semeado a liberdade em Portugal.
Anos mais tarde, a Associação Académica de Coimbra marcaria o ensino superior português, ao longo da década de 1990 e dos primeiros anos de 2000, com o combate ao aumento das propinas, reforçando o seu papel e a sua legitimidade política. Em 1993, por exemplo, com a oposição ao Ministro Couto dos Santos, marcando o movimento associativo através dos métodos satíricos utilizados, bem como, recorde-se, em 2004, a invasão da Sala dos Capelos e do Senado da Universidade de Coimbra na luta contra as propinas. Este episódio resultou na dura repreensão de estudantes por parte de forças policiais e, por outro lado, na apresentação de propostas concretas para reformar o Ensino Superior português.
Mais recentemente, a Associação Académica de Coimbra tem reforçado o seu alcance político, através de diferentes dimensões e âmbitos da atuação. Nos últimos anos, apresentou várias propostas relativas aos processos de revisão do «Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior», bem como uma proposta de implementação de um modelo gratuito de propinas, em 2022, com a "Moção Global da Propina". Tem, recorrentemente, elaborado Moções Estratégicas a apresentar aos diversos partidos aquando de atos eleitorais, nomeadamente as moções "Pelo Estudante. Pelo País." e a "Pelo Estudante. Pela Europa", para as eleições legislativas e europeias de 2024.
Por outro lado, a Associação Académica de Coimbra tem, gradualmente, reforçado a sua componente científica, com a condução de várias investigações, nomeadamente:
– Estudo da Emigração Jovem na Universidade de Coimbra
– Estudo sobre o peso da cidadania europeia na Universidade de Coimbra
– Estudo Comparativo dos custos associados à frequência no Ensino Superior na União Europeia.
Anos mais tarde, a Associação Académica de Coimbra marcaria o ensino superior português, ao longo da década de 1990 e dos primeiros anos de 2000, com o combate ao aumento das propinas, reforçando o seu papel e a sua legitimidade política. Em 1993, por exemplo, com a oposição ao Ministro Couto dos Santos, marcando o movimento associativo através dos métodos satíricos utilizados, bem como, recorde-se, em 2004, a invasão da Sala dos Capelos e do Senado da Universidade de Coimbra na luta contra as propinas. Este episódio resultou na dura repreensão de estudantes por parte de forças policiais e, por outro lado, na apresentação de propostas concretas para reformar o Ensino Superior português.